terça-feira, 22 de julho de 2014

“Não há regras de boas fotografias, existem apenas boas fotografias.” Ansel Adams

Pico das Cabras- Joaquim Egidio-SP, Brasil - Foto por: Helder Bernal (Canon T3i)
 Uma das modalidades de fotografia mais comuns entre as pessoas -  profissionais ou não - é o registro de paisagens. Quem já não se encantou com alguma beleza natural em alguma viagem, um pôr do Sol ou mesmo uma cachoeira? 
Só que muitas vezes o resultado obtido não reproduz com fidelidade a imagem que foi clicada. Saiba, porém, que se alguns cuidados forem tomados, as chances de se obter uma boa fotografia aumentam significativamente. 
Em primeiro lugar, procure conhecer bem seu equipamento e as funcionalidades que ele oferece. Isso ajuda, mas não basta. É necessário conhecer alguns fenômenos naturais e o comportamento da luz é um dos mais importantes. A luz natural, proveniente do Sol, varia ao longo do dia, proporcionando tons diferenciados na imagem captada. 

Pico das Cabras- Joaquim Egidio-SP, Brasil - Foto por: Helder Bernal  (Canon T3i)
 a parte da manhã e no final da tarde, a luz do Sol confere às fotos tons amarelo-alaranjados. Conforme se aproxima o meio do dia, a luz passa a ser branca, equilibrando todas as cores.
A posição do Sol também é importante. Mais inclinado nos extremos do dia, proporciona sombras mais longas e definidas, o que pode acrescentar um visual interessante à foto. Procure mesclar esses fatores à cena que será fotografada. Tempo ruim não é sinônimo de fotos ruins. Muitas fotos excelentes podem ser feitas em dias nublados e chuvosos. Nessas condições, as imagens registradas tendem para os tons azuis. Nesse caso, deve-se ter um cuidado maior com o balanço de branco e com as sombras, mais raras e indefinidas nestas situações.  
Pico das Cabras- Joaquim Egidio-SP, Brasil - Foto por: Helder Bernal  (Canon T3i)
 Nas máquinas digitais, sempre que possível, regule manualmente o balanço de branco. O balanço de branco automático pode deixar as fotos sem vida. 
Em uma cena ensolarada, por exemplo, alterne entre os vários modos de balanço de branco disponíveis na câmera até encontrar um padrão que seja de seu gosto, ou que melhor represente a imagem que se quer registrar. 
Procure aproveitar a luz disponível extraindo o máximo de detalhe da imagem a ser clicada. Se necessário ajuste seu ISO (sensibilidade) para valores mais baixos, como 80 e 100. Saiba, porém, que valores baixos de ISO requerem que o obturador trabalhe em uma velocidade mais baixa, dependendo da quantidade de luz disponível. 

Pedra Grande Atibaia-SP, Brasil - Foto por: Helder Bernal  (Canon T3i)
 A imagem pode sair tremida (ou com "fantasmas"). Para resolver o problema, basta utilizar um tripé ou mesmo apoiar a máquina sobre uma superfície estável, como uma pedra ou rocha. 
Para as câmeras point and shoot (compactas), é muito importante também escolher o ponto certo para direcionar o centro do visor de sua máquina, onde o foco é construído. 
Pico das Cabras- Joaquim Egidio-SP, Brasil - Foto por: Helder Bernal  (Canon T3i)
Isso não quer dizer que o objeto principal da imagem deve estar sempre no centro da foto. Mas ele deve estar em foco. Assim, centralize o objeto no centro do visor e trave o foco. Faça isso pressionando de leve o botão disparador. Sem retirar o dedo do botão e sem afastar ou aproximar a câmera do objeto a ser retratado, faça um novo enquadramento. 
Observe que a captação de luz se altera, gerando uma nova composição, sem perder o foco do objeto, em seguida pressione o disparador até o final para bater a foto.
Para os que pretendem fotografar os chamados “horários mágicos” no fim de tarde e início do dia, o fotógrafo Izan Petterle, que já realizou vários trabalhos para a revista National Geographic comenta que é preciso enganar a máquina.  
Pedra Grande Atibaia-SP, Brasil - Foto por: Helder Bernal  (Canon T3i)
 “Nessas situações é preciso escolher o balanço de branco no modo nublado, dessa forma as cores douradas serão priorizadas”, afirma. Segundo o fotógrafo o balanço automático “esfria” as cores, fazendo com que os efeitos dourados desapareçam. 
Uma outra situação interessante é uma paisagem onde há uma cachoeira ou curso d’água. Um recurso interessante é dar movimento a água que corre, gerando um resultado final parecido com um véu. 
Se o foco da imagem for feito diretamente para a água corrente ou para a cachoeira, a máquina irá interpretar a velocidade da água, ajustar o tempo de exposição e a velocidade do obturador para congelar aquele movimento, o que estragaria o efeito. 

Pico das Cabras- Joaquim Egidio-SP, Brasil - Foto por: Helder Bernal  (Canon T3i)
Para sanar esse problema, direcione o ajuste a um ponto fixo, como uma rocha ou tronco de árvore. Semi-pressione o botão disparador para travar o foco. Isso fará com que a leitura da velocidade da água se anule.
Basta reenquadrar a imagem e pressionar o botão para registrar a imagem. Izan lembra que para facilitar esse efeito o fotógrafo deve optar por valores mais baixos de ISO, um tripé ou apoio é muito importante nesses casos, pois a velocidade muito baixa ocasionaria fotos tremidas. 
Muitos fotógrafos possuem gostos diferentes para condições de luz e cores. O repórter fotográfico Érico Salutti, por exemplo, prefere o horário entre o fim de tarde e o início da noite. “Acho esse o melhor horário, pois podem ser obtidos efeitos fantásticos”. Érico lembra que para essas condições de luz o uso de um tripé é fundamental.
Andar pelo local onde se pretende fazer a foto, estudar a posição do Sol em relação ao objeto e acordar cedo são outras dicas dos fotógrafos. Basta escolher o horário de sua preferência, checar seu equipamento e começar a fotografar. Fonte: Cauã Taborda, especial para o IDG Now!

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